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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Minha ida ao dermatologista

 Minha ida ao dermatologista
                                                                                                                            Nora Borges*
Visita de rotina aos médicos. Todo ano a mesma peregrinação. Mastologista, ginecologista, oftalmologista, dentista... Mas um dia, resolvi incluir um 'ISTA' novo na minha odisséia...um DERMATOLOGISTA.
Já era hora de procurar uns creminhos mágicos para tentar retardar ao máximo as marcas da inevitável entrada nos ENTA.  Para ser sincera e nem um pouco modesta, entrei gloriosa nesta seita. Com direito a uma festa memórável, que durou até as 10 horas da manhã do dia seguinte. Festa com música ao vivo, Los Años Dorados, na melhor boate da cidade, todos os amigos, fotografias...tudo maravilhoso.
Na verdade, sentia-me espetacular. Tudo certo. Ninguém podia cantar para mim a ridícula frase da Calcanhoto 'nada ficou no lugar...'
Mas não sei o que deu no espelho lá de casa, que resolveu, do dia para a noite, tomar ares de conto de fadas. Aliás, de bruxas. E mostrar coisinhas que nunca haviam aparecido. (Ou eu não havia notado?) Pontinhos azuis nos tornozelos, pintinhas negras no colo, nos braços, bolinhas vermelhas na bunda...olheiras mais profundas..
- Como assim??? Assim...sem avisar nem nada. De repente, o idiota resolveu mostrar e pronto. Ah, não! Isso não vai ficar assim. ISTA novo na lista do convênio. O melhor. Queria o melhor especialista de todos os ISTAS...
Achei. Marquei. E fui tão nervosa quanto para um encontro 'bem intencionado' daqueles em que a gente escolhe a roupa íntima com cuidado, que é para não fazer feio...nem parecer que foi uma escolha proposital... Sabe como é, né?
Pois sim. O sujeito era um dermatologista famoso. Via e futucava a pele de toda a nata feminina e masculina da cidade. Assim, me armei de humildade. Disposta a mostrar cada defeitinho novo que estava observando, através do maquiavélico e ex-amigo espelho de meu quarto.
Depois de fazer uma ficha com meus dados, o 'doutor' me olhou, finalmente nos olhos, e perguntou: 'O que lhe trouxe aqui?' Fiquei vermelha como um tomate. E muda.
Ele sorriu e esperou. Quase de olhos fechados, desfiei minhas queixas. Ele observou 'in loco' cada uma delas, com uma luz de 200wtz e uma lupa... e começou o seu diagnóstico. 'As pintinhas são sinais de sol, por todo o sol que já tomou na vida. Com a IDADE (tóin!) elas vão aparecendo, cada vez mais numerosas. Vai precisar de um protetor solar para sair de casa pela manhã, mesmo sem ir à praia. Para dirigir mesmo. Braços e pernas e rosto e pescoço.
- E praia?
- ‘Evite. Só de 6 às 10 da manhã, sob proteção máxima, guarda sol, óculos e chapéu. Bronzear-se, nunca mais.'
- Ahmmm... (a turma só chega às 11:00 !!!!)
- 'Os pontinhos azuis são pequenos vasos que não suportam a pressão do corpo sobre os saltos altos. Evite. Sapatos com solado anabela ou baixos, de preferência. Compre uma meia elástica, Kendall, para quando tiver que usar os saltos altos.'
- Ahmmmaaaa...(Kendall???e as minhas preciosas sandalhinhas???)
- 'As bolinhas na bunda são normais, por causa do calor. Para  evitá-las use mais saias que calças. Evite o jeans e as calcinhas e lycra. As de algodão puro são as melhores..e folgadas.'
- Ahmnunght???? (e pude 'ver' as de minha mãe, enormes, na cintura, de florzinhas cor de rosa.....vou chorar!)
- 'As olheiras são de família. Não há muito o que fazer. Use esse creminho à noite, antes de dormir e procure não dormir tarde. Alimentação leve, com muita fruta e verdura, pouca carne e muito peixe. Nada de tabaco, nem álcool... nem café.'
E a histérica aqui  começou a rir...  Agradeci, peguei suas receitinhas e saí  rindo, rindo... me dobrando de tanto rir! No carro comecei a falar sozinha... tudo o que deveria ter dito e não disse: ' Trabalho muito, doutor... muitas noites vou dormir às  2h, escrevendo e lendo. Bebo e fumo. Tomo café. Saio pelas noites de boemia com os amigos e os violões para as serenatas de lua cheia....e que noites!!!! Adoro os saltos, principalmente nas sandálias fininhas. Impossível a meia elástica (argh!!). Calcinhas de algodão? E folgadas??? Adoro as justinhas e rendadas... E não abandono meu jeans nem sob ameaça de morte!!! É meu melhor amigo!!!! Dormir lambuzada? Neste calor? E minhas duchas frias com sabonete Johnson para ficar fresquinha como um bebê, cada noite? E nada de praia??? O senhor está louco é???? Endoideceu foi???  Moro em Recife, com esse mar e tudo... e tenho só 40 anos... meia vida inteira pela frente!!! Doutor Fulustreco, na minha idade não vou viver como se tivesse feito trinta anos em um!!! Até um dia desses tinha 39... e agora em vez de 40 estou fazendo 70???
Inclua aí  na sua lista de remédios para as de 40 a 60, MEIA LUZ... Acho que é só disso que eu preciso. Um bom abajur com uma luz de 15wts... E um namorado que use óculos...É isso... só isso !!! Entendeu????'
Parei no sinal e olhei de lado... e um garoto de uns 25 anos piscou o olho para mim. Ah... e ele nem usava óculos! Nunca fiz o que me recomendou o fulustreco ISTA... Minhas olheiras são parte de meu charme. E valem o que faço pelas noites a dentro... ah!!! se valem! As bolinhas da bunda desapareceram com uma solução caseira de vitamina A, que quase todas as mulheres usavam e eu não sabia, até que contei minha historinha do 'bruxo mau'. Os sinaizinhos estão aqui... sem grandes alardes... e até que já acho bonitinho. O espelho é muito menor..o outro, eu dei à minha filha.
E meu namorado diz que estou cada dia mais linda! Principalmente quando estou de saltos e rendas, disposta a encarar uma noite de vinhos e música. É claro que ele usa óculos.  Mas quando quero ficar fatal, tiro os seus óculos...e acendo o abajur.

*Quem Sou: (Nora Borges) Psicóloga e Consultora em R. Humanos, pernambucana crescida entre as palmeiras do Poço da Panela, às margens do Capibaribe. Atualmente exilada, por livre e espontânea vontade, na Espanha.

sábado, 6 de novembro de 2010

Pensamento

 
" Todo aquele que é Detentor do Poder é levado a abusar dele, até que lhe oponham limites  "
                                                                                              ( Montesquieu, Sec. XVIII ) 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Elegancia


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara:
a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe : não é frescura.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

VIVER OU JUNTAR DINHEIRO?




Há determinadas mensagens que, de tão interessante, não precisam nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente.
Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se tivesse
simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais.
E assim por diante.
Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei.
Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro.
Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.

Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.

"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"


(MAX GEHRINGER)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Posso errar?

Posso errar?
Leila Ferreira é jornalista, apresentadora de TV e autora do livro Mulheres – Por que será que elas..., da Editora Globo 
Por Leila Ferreira
Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu “errado”. Foi num hotel, onde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de ver que tinha deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia nem shopping num raio de 10 quilômetros. A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador) do kit do hotel. Opção? Maneira de dizer. Meus cabelos, superoleosos, grudam só de ouvir a palavra “condicionador”. Mas fui em frente. Apliquei o produto cautelosamente, enxagüei, fiz a escova de praxe e... surpresa! Os cabelos ficaram soltos e brilhantes — tudo aquilo que meus nove vidros de xampu “certo” que deixei em casa costumam prometer para nem sempre cumprir.
Foi aí que me dei conta do quanto a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa certa, dizer a coisa certa — e a pergunta que não quer calar: é certa pra quem? Ou: certa por quê?
O homem certo, por exemplo: existe "ficção" maior do que essa? Minha amiga se casou com um exemplar da espécie depois de namorá-lo sete anos. Levou um mês para descobrir que estava com o marido errado. Ele foi “certo” até colocar a aliança. O que faz surgir outra pergunta: certo até quando? Porque o certo de hoje pode se transformar no equívoco monumental de amanhã. Ou o contrário: existem homens que chegam com aquele jeito de “nada a ver”, vão ficando e, quando você se assusta, está casada — e feliz — com um deles.
E as roupas? Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e, na hora de sair para a festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado? As vendedoras juraram que era a escolha perfeita, mas talvez você se sentisse melhor com uma dose menor de perfeição. Eu mesma já fui para várias festas me sentindo fantasiada. Estava com a roupa “certa”, mas o que eu queria mesmo era ter ficado mais parecida comigo mesma, nem que fosse para “errar”.
Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas de saúde, e ela me respondeu: “Eu sei que está errado, mas a gente tem que fazer alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça. O que eu queria mesmo era trair meu marido, mas isso eu não tenho coragem. Então eu fumo”. Sem entrar no mérito da questão — da traição ou do cigarro —, concordo que viver é, eventualmente, poder escorregar ou sair do tom. O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos torna parceiros interessantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá status, a idade que devemos aparentar. Obedecer, ou acertar, sempre é fazer um pacto com o óbvio, renunciar ao inesperado. 
O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem quando constatam que ele não sabe dirigir e tem sempre alguém que pergunta: “Como assim?! Você não dirige?!”. Com toda a calma, ele responde:
“Não, eu não dirijo. Também não boto ovo, não fabrico rádios — tem um punhado de coisas que eu não faço”.
Não temos que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos. Como diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras:
“Não sou obrigada a gostar de comida japonesa, nem a ter manequim 38 e, muito menos, a achar normal uma vida sem carboidratos”.
O certo ou o “certo” pode até ser bom. Mas às vezes merecemos aposentar régua e compasso.  



segunda-feira, 29 de março de 2010

Pensamentos

No price is too high to pay for the privilege of owning yourself.


Friedrich Nietzsche

O texto abaixo é de Patricia Mota:

Abre as mãos, larga as amarras dos que não te pertencem, mantém-te são, estável, inabalável. Apaga as memorias que já não são tuas. Não sorrias e não chores. Não sejas quem querias ser, não sejas quem os outros gostariam que fosses, não sejas quem és. Não sejas ninguém. Volta-te de mãos vazias e, principalmente, cheio de espaço entre os braços. Volta-te como ser novo, vazio das coisas sem importância, vazio de histórias, de memorias, vazio de fantasmas. Volta-te como pessoa indefinida, sem conceitos, sem opiniões formadas.

Vais ter espaço entre as mãos para agarrares todas as oportunidade, ter lugar no meio dos braços para fortes abraços, espaço para aprender, espaço para amar. Vais ter espaço para te criares, ao lado de quem quiseres, como se fosse sempre a primeira vez. Vais ser tu, sem barreiras, aventureiro e livre. Vais saber escolher o melhor caminho, a melhor companhia. Vais ser teu e, vais saber dar o melhor de ti. Porque em ti não há nada do que foste, nada do que te fizeram ser. De ti, agora, existe um vazio pronto para preencher, um vazio pronto para recomeçar. Constrói-te, do zero, como se fosse a primeira vez.



(Re)Ergue-te e, começa de novo.

Se pudéssemos não escolheríamos todos começar de novo?

segunda-feira, 8 de março de 2010

100° Ano do Dia Internacional da Mulher

FEMININA
(L&M: Alfredo S.V. Coelho)

Feminina
é fábrica de linha tecida
ardendo nas chamas da vida
é a força com que a vida mesma
se fabrica nas tramas da sina

Feminina
é a raiva, é a revolta incontida
contra o que não dá pra aceitar
é o que dá liga à massa do pão
bem sovada, pronta pra assar

Feminina
é brisa soprando entre as folhas das árvores,
é a canção das águas que correm pro mar,
é a presença divina em todas as coisas
que esperam o tempo de desabrochar
em todas as coisas é ela a presença divina...

Lindo,não?
Alfredo é meu priminho lindo.

domingo, 7 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Somos o sexo belo.
Não precisamos usar gravatas.
Sentar de pernas cruzadas não dói.
Se resolvermos exercer profissões predominantes masculinas, somos pioneiras, eles bichas.
Nossa inteligência é compatível com a de qualquer homem, mas nossa aparência é melhor.
Se matarmos alguém, e provarmos que foi na TPM, é atenuante.
Nosso cérebro dá conta do mesmo serviço, mesmo com 6 bilhões de neurónios a menos.
Somos capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo.
Sempre sabemos onde estão as meias. - Se casarmos com o herdeiro do trono, seremos rainhas.
Somos nós que somos carregadas na noite de núpcias. - Somos nós que decidimos quanto à reprodução.
Sentimos o bebé mexendo.
Amamentamos.
Temos 4 meses de licença maternidade. - Sempre estamos presentes no nascimento dos filhos.
Somos a estrela no casamento. - Alguém já ouviu falar em "muso" inspirador?
Vivemos mais. Somos mais resistentes à dor e às infecções.
Podemos dormir com uma amiga sem ser chamada de lésbica.
Namorado de amiga nossa para nós, é homem. - Não investigamos barulhos suspeitos à noite.
Somos mais sensíveis.
Temos um dia internacional. - E por último, fazemos tudo que um homem faz, e de salto alto! MARAVILHA!!!


Feliz dia Internacional da Mulher


Autor desconhecido (acho que deve ser autora)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Pablo Neruda

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco, e os pontos sobre os ISS em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva que cai incessante
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não respondem quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

SOMENTE A PERSEVERANÇA FARÁ COM QUE CONQUISTEMOS UM ESTÁGIO ESPLÊNDIDO DE FELICIDADE.



Pablo Neruda

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Vinho

A taça foi brilhante e rara,                                                                                                                         mas o vinho de que bebi
com os meus olhos postos em ti,
era de total amargura.


Desde essa hora antiga e preclara,
insensìvelmente desci,
e em meu pensamento senti
o desgosto de ser criatura.


Eu sou de essência etérea e clara:
no entanto, desde que te ví,
como que desapareci...


Rondo triste, à minha procura.


A taça foi brilhante e rara:
mas, com certeza enlouqueci.
E desse vinho que bebi
se originou minha loucura.



Cecília Meireles

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Amy Winnehouse

Neste momento estou ouvindo a Amy Winnehouse cantando "Love is a losing game",  e estou adorando.  Ela é muito doidona ( ou será só midia),  mas indiscutivelmente tem uma voz maravilhosa.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Boa música brasileira

Para quem gosta de boa música,  eu recomendo o CD Cangote da cantora Ceú.  É muito bom.  Estou ouvindo neste momento através da rádio UOL.  Não tem nada melhor do que ler os e-mails ou navegar na rede ouvindo boa música.  O único problema é que o tempo voa e a gente nem sente.  Já são 00:12 da madrugada e estou  eu aqui ouvindo músicas e viajando.

Boa noite a todos!                                                                                                                                                                                                                http://www.radiouol.com.br/

domingo, 3 de janeiro de 2010

William Shaskeapeare

Este sera meu mote para 2010

Eu aprendi...
...que ter uma criança adormecida nos braços
é um dos momentos mais pacíficos do mundo;

Eu aprendi
...que ser gentil é mais importante do que estar certo;

Eu aprendi...
...que eu sempre posso fazer uma prece por alguém
quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;

Eu aprendi...
...que não importa quanta seriedade a vida exija de você,
cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir juntos;

Eu aprendi...
...que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para
segurar e um coração para nos entender;

Eu aprendi...
...que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão
nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas
para mim quando me tornei adulto;
Eu aprendi...
...que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;

Eu aprendi...
...que dinheiro não compra "classe";

Eu aprendi...
...que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

Eu aprendi...
...que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa
que deseja ser apreciada, compreendida e amada;

Eu aprendi...
...que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa ?

Eu aprendi...
...que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi...
...que quando você planeja se nivelar com alguém,
apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Eu aprendi...
...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

Eu aprendi...
...que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu;

Eu aprendi...
...que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

Eu aprendi...
...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi...
...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi...
...que as oportunidades nunca são perdidas;
alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Eu aprendi...
...que quando o ancoradouro se torna amargo
a felicidade vai aportar em outro lugar;
Eu aprendi...
...que devemos sempre ter palavras doces e gentis
pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;
Eu aprendi...
...que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

Eu aprendi...
...que não posso escolher como me sinto,
mas posso escolher o que fazer a respeito;

Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha,
mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

Eu aprendi...
...que só se deve dar conselho em duas ocasiões:
quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;

Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.
William Shaskeapeare

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Os Votos



OS VOTOS

 
Pois, desejo primeiro que você ame e que amando, seja também amado, e que se não o for, seja breve em esquecer e esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo depois que não seja só, mas que se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos e que, mesmo maus e inconseqüentes, sejam corajosos e fiéis, e que em pelo menos um deles você possa confiar, que confiando, não duvide de sua confiança.
E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos nem poucos, mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas e que entre eles haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiadamente seguro.

Desejo, depois, que você seja útil, não insubstituivelmente útil, mas razoavelmente útil. E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com aqueles que erram muito e irremediavelmente, e que essa tolerância não se transforme em aplauso nem em permissividade, para que assim fazendo um bom uso dela, você dê também um exemplo para os outros.
Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais e que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer e que, sendo velho, não se dedique a desesperar.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso deixar que eles escorram dentro de nós.

Desejo, por sinal, que você seja triste, mas não o ano todo, nem em um mês e muito menos numa semana, mas apenas por um dia.
Mas que nesse dia de tristeza, você descubra que o riso diário é bom,
o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra com o máximo de urgência, acima e a despeito de tudo, talvez agora mesmo, mas se for impossível, amanhã de manhã, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta, porque seu pai aceitou conviver com eles. E que eles continuarão à volta de seus filhos, se você achar a convivência inevitável.
Desejo ainda que você afague um gato, que alimente um cão e ouça pelo menos um joão-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal. Porque assim você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente, por mais ridícula que seja, e acompanhe o seu crescimento dia-a-dia, para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático. E que, pelo menos uma vez por ano, você ponha uma porção dele na sua frente e diga: Isso é meu. Só para que fique bem claro quem é dono de quem.
Desejo ainda que você seja frugal, não inteiramente frugal, não obcecadamente frugal, mas apenas usualmente frugal. Mas que esse frugalismo não impeça você de abusar quando o abuso se impõe.
Desejo também que nenhum dos seus afetos morra, por ele e por você.
Mas que, se morrer, você possa chorar sem se culpar e sofrer sem se lamentar.

Desejo, por fim, que sendo mulher você tenha um bom homem, e que sendo homem, tenha uma boa mulher. E que se amem hoje, amanhã, depois, no dia seguinte, mais uma vez, e novamente, de agora até o próximo ano acabar, e que quando estiverem exaustos e sorridentes,
ainda tenham amor para recomeçar.

 
E se só isso acontecer, não tenho mais nada para desejar.
 

Sergio Jockymann - 1978
 
São os meus mais sinceros votos a todos.
Aliete Couto

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Brincando na areia

Brincando na areia
Um menininho brincava no tanque de areia da praça naquela manhã de sábado. Tinha com ele sua caixa de carrinhos e caminhões, seu balde plástico e uma pá vermelha brilhante. No processo de criar estradas e túneis na areia macia, ele descobriu uma pedra grande no meio do tanque de areia.
O mocinho cavou ao redor da pedra, conseguindo desalojar a sujeira. Com muito esforço, usando as mãos, os pés e em todas as posições possíveis, ele conseguiu empurrar a pedra através do tanque de areia. Era um menino muito pequeno e a pedra, para ele, era enorme. Quando o menino alcançou a borda do tanque de areia, ele descobriu que mais difícil ainda ia ser passar a pedra sobre a pequena parede.
Determinado, o menininho empurrou, empurrou e empurrou, mas a cada vez que ele achava ter feito algum progresso, a pedra virava e rolava de volta para o tanque. O menininho grunhiu, lutou, empurrou, mas sua única recompensa era ter a pedra rolando de volta, esmagando seus dedinhos rechonchudos. Finalmente rompeu em lágrimas de frustração.
Durante todo o tempo, seu pai o observava de sua janela, aguardando o desenvolvimento de todo o drama. No momento em que as lágrimas caíram, uma sombra grande caiu sobre o menino. Era seu pai. Suavemente mas com firmeza, ele disse:
- Filho, por quê você não usou toda a força que você tinha disponível?
Derrotado, o menino respondeu:
- Mas eu usei, pai! Usei toda a força que eu tinha!
- Não, meu filho, corrigiu o pai bondosamente. - Você não usou toda a força que você tinha. Você não me pediu ajuda.
- E o pai do menino se abaixou, pegou a pedra e a retirou do tanque de areia.
Soa familiar???

Fonte: Golfinho
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domingo, 29 de novembro de 2009

Dever de sonhar

Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre,

pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,

eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.

E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas

supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho

entre luzes brandas e músicas invisíveis

            FERNANDO PESSOA         
                                                                  

domingo, 11 de outubro de 2009

Final de Semana


Este final de semana será mais longo. Segunda-feira, dia 12, é dia de Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças - feriado nacional. Que o espirito de solidariedade permaneça nessa nova geração que esta chegando para transformar nosso mundo em algo melhor.

domingo, 16 de agosto de 2009

Memórias de Minhas Putas Virgens

Terminei de ler mais um livro de Gabriel Garcia Marquez "Memórias de Minhas Putas tristes" e não gostei. Acho que esse livro faz uma apologia a pedofilia, pois conta a estoria de um ancião, que ao completar noventa anos quer ter uma relação com uma menina virgem. Uma cafetina lhe arranja uma menina de quatorze anos, pela qual ele se apaixona e lhe dá um novo sentido a vida. Pode ser muito romantico mas é nojento.
Olha que não sou puritana. Fico imaginando meu pai, com oitenta e oito anos se presenteando com uma jovem ninfeta. Não dá!
Também li "Amor no tempo do colera",do mesmo autor e achei massante, apesar da maioria das pessoas que eu conheço que o leram acharem maravilhoso. Talves seja critica demais. Sei que é impossivel agradar a todos.
Agora comecei a ler "O livreiro de Cabul" de Asne Seierstad, jornalista norueguesa e estou adooraaando. Ela relata as contradições extremas da vida afegã. Em pleno século XXI a mulher ainda é vista como um simples objeto, principalmente no oriente médio.
Nós, mulheres, ocidentais somos muuuito felizes e não sabemos, isso se comparado a vida das mulheres do lado de lá do mundo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sentar-se a Janela

SENTAR-SE A JANELA
Alexandre Garcia

Era criança quando, pela primeira vez entrei em um avião.
A ansiedade de voar era enorme.

Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o
vôo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada
vez mais rápido até a decolagem.

Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens,
chegando ao céu azul.
Tudo era novidade e fantasia..

Cresci, me formei, e comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o
início, voar era uma necessidade constante.

As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a
estar em dois lugares num mesmo dia.

No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos
de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de
esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e
tal.

O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de
me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades
abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse.

Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido
e sair rápido.

As poltronas do corredor agora eram exigência . Mais fáceis para sair
sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora,
com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem,
comigo mesmo.

Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para
voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba
o mais rápido possível.

O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na
última poltrona.
Sem pensar concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque.

Embarquei no avião, me acomodei na po ltrona indicada: a janela.
Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me
preocupava em olhar.

E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez
que voara.
Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga.
Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela
chuva, apareceu o céu.

Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que
brilhava como se tivesse acabado de nascer.

Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava
deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela
vista.

Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha
vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por
exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do
meu trabalho e convívio pessoal?

Creio q ue aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela
janela da nossa vida.

A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o
que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias,
tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos.

Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar,
sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que
a viagem nos oferece.

Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do
corredor, para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um
pouco e reflita sobre aonde você quer chegar.
A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é
anunciada pelo comandante.
Não sabemos quanto tempo ainda nos resta.
Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder
nenhum detalhe.
Afinal, 'a vida, a felicidad e e a paz são caminhos e não destinos'.
SENTAR-SE À JANELA
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