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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Tempo



Havia um tempo em que valia a pena sonhar.
Havia um sonho para cada desejo.
Êles eram fáceis de serem sonhados, porque não tinham endereço certo.
Eram apenas sonhos, doces sonhos.
Lágrimas? Só se fôssem de alegria.
Alegria de viver, de saber que estrada longa não era problema, era oportunidade de caminhar,
de conhecer outros viajantes,
outros sonhadores em busca de seus ideais.
Às vêzes vinham as tempestades.
Também, não havia o que temer.
Tempestades, servem para purificar e renovar o ar.
Depois, tudo fica mais claro,
mais fácil de se enxergar longe.
A escuridão da noite, também tem seus mistérios,bem mais reveladores
que a claridade do dia.
Quando a escuridão surge, é preciso
aguçar outros sentidos,
é preciso deixar o vento mudar
as coisas de lugar.
Raízes profundas só servem para proteger quem busca a sombra
das grandes árvores.
A solidão não existe.
Ninguém caminha desacompanhado.
Há os sonhos.
Há esperança.
O tempo é algo que se faz do jeito que se quer.
Não há necessidade de pressa.
Tudo é uma questão do sonho a ser sonhado, dividido e saciado.
A dor da perda, não é dor,
é apenas a movimentação do desapego.
Quando tudo está tranquilo, até uma suave brisa solta
o que está agarrado.
Querer segurar é bobagem,
a natureza não permite.
Há que se continuar sonhando, eternamente.

Elisa Toneto

It had a dream for each desire.
They were easy to be dreamed, because they did'nt have the right address.
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